martes, 13 de marzo de 2007



Depois daquela conversa sobre as coisas que nos deixam tristes e sobre nós e o mundo, fechei os olhos com força, ainda a pensar sobre tudo aquilo... e só quis adormecer... os estalidos da lareira, o vento a soprar forte lá fora - concentrei-me na imagem que tinha (com os olhos fechados) dos movimentos das sombras do fogo na parede branca e finalmente adormeci (quando dormimos parece que o sofrimento dorme também, pelo menos eu não o sinto e a verdade é que ultimamente prefiro mesmo dormir)
(...)
Deviam ser umas 10h15, naquela manhã solarenga de Domingo.
Despertou-me o som do sino da Igreja de S. Tiago, o canto dos pássaros e o sol a entrar pelas janelas.
Que luz, adoro a luz da casa da serra.
(Já cheira a Primevara)

Meio ensonada, surpreendida pela forma como ali se ouve de forma tão nítida aquele sino, que até é bem pequeno e parece que não era assim tão estridente (secalhar era eu que dantes não tinha consciência do que era a morte e não o sentia):

- Quem será que morreu?

E que indiferença a minha e a tua... parece que afinal somos só nós ali e que o resto não é... e que nos interessa a nós o resto? Deixa que seja assim, eu gosto...

Abraço-te de novo (que quente estás) beijo-te no ombro direito e adormeço...
(...)
Desperta-me de novo um sino, desta vez bem mais forte, era o da Sé... agora um casamento? Casamentos e funerais no mesmo dia, com poucas horas de diferença - uma hora e meia talvez, ou duas até - também não sei quem se ca(n)sou e sinceramente não me interessa mesmo nada (na verdade não tenho bem a certeza daquilo que me interessa neste momento).

E depois da nossa reflexão sobre estados de alma e a felicidade, ouço isto, mas que? No meio de casamentos e funerais, penso: onde será que há um maior número de pessoas tristes?

...

Uhm, secalhar deveria reformular o pensamento (ou a mim mesma) e pensar: onde será que existe maior número de pessoas completamente felizes?

Será a resposta exactamente igual? Não creio...

martes, 6 de marzo de 2007

o bom seria...
ter ficado aí no meio do algodão a sentir o teu calor...
e sentir o teu corpo enroscado a mim...